segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

3 - CONCLUSÕES

3 - CONCLUSÕES



a)         Na modernidade industrial há uma redução do espaço subjetivo, um desencontro e uma perda. A partir da última modernidade, haveria uma revalorização da subjetividade proscrita, que começa a ser reintroduzida na cena cotidiana.
b)        As formas da objetividade mostram a tendência formalista, a formalização e objetivação.
c)         O reconhecimento crítico do impasse denunciaria o autoritarismo da objetividade. E é aí que começaria a haver os primeiros gestos de recuperação da subjetividade.
d)        A recuperação renovada da subjetividade não faz com a objetividade o que esta fez com ela, pois não a exclui, não é concluinte. É uma recuperação produtiva, não se trata de uma reprodução. A grande obra de arte superaria o dualismo entre objetividade, entre razão e paixão. E o lugar da superação seria o discurso. Esta reconstrução teria o caráter de trabalho permanente, caracterizaria o enlace com o tempo. Volta para avançar, como re-avanço.
e)         Cada vez mais fomos percebendo que as formas da objetividade estavam a serviço da violência e da dominação.
f)         No espaço da arte começa-se a ver esta recuperação: a diversidade de Diadorim não seria um mero papel social.
g)        Opomos, entretanto, a opulência da objetividade (a razão) aos discursos das margens, diferentes, dos fragmentos e detritos, dos banidos e do que não é o centro, em suma, das veredas do sertão.
h)        No sertão, percebemos que o homem só seria livre com o reconhecimento do outro, e o grande sertão só é grande quando reconhece e absorve a vereda.
i)         É provável que no sertão estejam os limites dos serviços da razão.
j)         O discurso literário seria portador dos valores da subjetividade, da relação intercomunicativa, solidária.
k)        Literatura seria arte de autoconsciência, arte de abrir espaços de consciência.
l)         Diadorim pode ser síntese de uma dialética de possibilidade de emancipação com a crise que o vitima ao sacrifício do objeto.
m)       As veredas do sertão responderiam pelas incertezas que substituem a certeza tecnocientífica.

n)        Grande Sertão: Veredas seria uma “auto-reflexão irracional”; e a razão talvez seja “a faca com a qual o homem ainda se matará um dia”
o)        A razão tecnológica intervencionista teria produzido um horizonte de irracionalidade que transparece na propensão da literatura para o fantástico.


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